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Mario Negromonte deixa Ministério das Cidades


O ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), deixou nesta quinta-feira o Ministerio da Cidades, para ocupar o cargo o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). A informação foi confirmada por volta das 16h15 pela ministra da Comunicação Social, Helena Chagas. Negromonte é o sétimo ministro a deixar o governo após denúncias de irregularidades na gestão.

Em nota oficial, Dilma agradece e deseja sorte a Negromonte. "A presidenta da República agradece os serviços por ele prestados ao País à frente da pasta e lhe deseja boa sorte em seus novos projetos." A reunião entre Dilma e Negromonte durou cerca de 15 minutos e foi sucedida por encontro da petista com o presidente do PP, Francisco Dornelles, e Aguinaldo Ribeiro, cuja posse ainda não está marcada, mas deve ocorrer até segunda-feira.

A demissão de Negromonte era dada como certa desde o início da semana. Em conversa com o governador baiano, Jacques Wagner (PT), que o indicou para o primeiro escalão, o ministro teria dito que não tinha mais "condições" de permanecer no cargo. Wagner havia confidenciado que não tinha como continuar a bancar a permanência do apadrinhado e bater de frente com a presidente. Na quarta-feira, o deputado Vilson Covatti (PP-RS) confirmou que Negromonte estava "determinado" a deixar a pasta.

A mais recente denúncia foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo e aponta que o ministro teria participado, junto com o secretário-executivo da pasta, Roberto Muniz, de reuniões privadas com um empresário e um lobista. Após a reportagem, o chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto, foi demitido.

A situação política de Negromonte começou a se desgastar após reportagem do jornal O Estado de S. Paulo ter mostrado um documento supostamente forjado pela diretora de Mobilidade Urbana da pasta, Luiza Gomide, que teria adulterado um parecer técnico que vetava a mudança de um projeto de mobilidade em Cuiabá (MT). Com a suposta adulteração, os custos da obra foram ampliados em R$ 700 milhões. No Senado, Negromonte negou participação do ministério na mudança e pediu investigação do Ministério Público.

Também entre as denúncias existem suspeitas de que o tesoureiro do Partido Progressista, Leodegar Tiscoski, e outros executivos ligados à legenda favoreciam empreiteiras no gabinete do Ministério das Cidades, liberando recursos para obras consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

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