Um crime bárbaro assustou a
pequena localidade de Murici, a 15 km de Maceió. O jovem, José Roberto da
Silva, 22 anos, foi assassinado com 14 facadas e teve a cabeça arrancada com
facão e pendurada em uma estaca, crime cometido por um menor de 15 anos.
A repercussão do crime levou
a Polícia iniciar rapidamente as investigações. Não durou muito para que os
matadores fossem presos. Luiz Paulo dos Santos, o “Lula” 23; Josuel Luiz dos
Santos Pinheiro, 21, o “Delis”; Edvan Santos da Silva, “Vanzinho”; um homem
conhecido pelo apelido de “Bob” e dois menores: F.J.S. e E.M.S.S.S., 15, os
articuladores de todo o trama homicida, foram levados para a Delegacia de
Murici, onde ainda tentaram negar participação na barbárie, mas com relatos de
testemunhas, terminaram por assumir o que fizeram.
Ouvidos pelo delegado
Odenburgo Paranhos, que estava de plantão na Delegacia Regional de União dos
Palmares, a narrativa mais chocante foi a de E.M.S.S., que mostrou frieza em
seu depoimento, surpreendendo o delegado com 34 anos de polícia.
“Matei porque ele queria
beber a cachaça da gente”, justificou o criminoso.
Perguntado como ele havia
tramado e assassinado a vítima, o menor continuou com sua frieza.
“A gente tava bebendo na
calçada do Fábio, quando ele (a vítima) chegou querendo beber. Ele já tava
bêbado e eu não dei a bebida. Eu neguei, foi quando ele partiu para bater em
mim e eu pulei. Ele chegou derrubou a nossa bebida e saiu correndo... ai a
gente correu atrás e pegou ele. Peguei um ferro e joguei nas costas dele e ele
caiu, ai joguei uma pedra grande e eu fiquei doido”. “Um dos meninos segurou
ele e colocou a cabeça dele na pedra e eu com a faca comecei a cortar. Enquanto
eles me ajudavam, segurando o cara, mas ai um osso bateu na faca e eu terminei
o serviço com uma pedra”.
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